May 6, 2018

NL#1 – Um olhar sobre o Pacific Rim: Uprising – O Ilustre Desconhecido

Aviso à navegação… Este texto é para maiores que 18 anos 😉

Pacific Rim. Sai o primeiro filme da saga. Mech’s contra kojiras. O que há para não gostar? Passa um ano e eu já com aquela sensação do…. “já davam uma sequência a isto…”. Se não me falha a memória, algures em 2016 sai o primeiro trailer. “Até que enfim”, pensava eu. Finalmente… 2018… antestreia…. como se já não fosse bom o suficiente poder estar na antestreia, ainda por cima foi em I fucken MAX. Se a esta altura ainda não é óbvio para quem lê estas letras (graças à Jankenpon), senti-me tão só e apenas como uma miúda pequena que queria uma barbie e lhe oferecem um unicórnio real que caga arco-íris. Às vezes é simplesmente delicioso a forma simples como se consegue fazer feliz um homem de 42 anos. É isso… estou velho… olhai para mim preocupadérrimo… enfim, irrelevante para o tema… Pacific Rim.

21 horas no Cascais Shopping, check-in completo, pronto para entrar na sala. Menu de pipocas… doces obviamente… acompanhadas por um jarro de água suja do capitalismo (como dizia alguém conhecido meu). Um excelente lugar reservado e 30 minutos que passaram em menos de nada. Ainda não tinha passado talvez uns 10 minutos, já aquela fila deveria estar toda a tremer só da excitação que eu sentia ao simplesmente estar a viver o filme. Estava tão mau que passados… vá… outros 10 minutos já eu me questionava em pura histeria interior “PARA QUANDO O 3º???”

Por norma, vejo como algo difícil conseguir-se realizar uma sequela melhor que o original. O difícil aconteceu. 1h e 51m de filme que só me conseguiu arrancar daquele assento quando as luzes se acederam e me deixaram com a triste sensação de “QUERO MAIS…” como uma criança amuada que não arreda pé enquanto não lhe compram o brinquedo.

A história… Sim, é mais do mesmo. O grande mistério reside na descoberta de como é que vão abordar algo onde sabemos que o argumento não tem grande complexidade. Não é suposto de todo. Facto é que o enredo é mais do que apelativo no sentido de eu não conseguir descolar da cadeira. E afinal estamos a falar de MECH’S…. O que os mortais querem é sentirem-se pequenos e olhar para toneladas de material mecânico e orgânico serem evaporados numa questão de segundos. Falamos num filme que quase poderia ser uma adaptação perfeita entre uns Transformers bons e um Godzilla. O que há para não gostar?

O revamp e continuação da trama do filme anterior é-nos apresentada como uma sequência lógica do anterior, onde mais do que se limitarem a pegar numa fórmula de sucesso passada (perceberam a dica do Star Wars aqui? :P) têm a capacidade de imaginar um futuro do universo credível ao olho do espectador, não descurando de trazerem elementos novos à narrativa sem aquele sentimento de algo que nos é empurrado garganta abaixo. Bem pelo contrário. Consegue pegar em determinados clichês e aplicá-los de forma inteligente sem que praticamente se dê por eles.  Meu adorado Saber Athena. Aliás, se há algo que pauta este filme é sem dúvida a sensação do tempo voar com o desejo de haver ali mesmo um muro das lamentações para se pedir “QUERO MAIS…”. E sim, sem dúvida filme para ser visto em grande ecrã. Se a minha expectativa para este filme já era alta… Nahhh, nem por isso… Confesso que era meio baixa e com receio. Mas se fosse alta, não sairia gorada de todo. Tanto que não me canso de escrever “QUERO MAIS…”

E como a crónica já vai longa, fica só a sugestão/pergunta. Para quando o Pacific Rim 3 mesmo?

 

O Ilustre Desconhecido (um gajo brejeiro que até aprecia cinema)