May 6, 2018

NL#1 – Avengers: Infinity War

Embora tenha alguma facilidade em escrever e transpor os meus pensamentos para papel, este filme é um dos mais difíceis de comentar, na minha opinião. Tanto apaguei e voltei a escrever de novo, provavelmente rivalizei com os argumentistas deste filme. A única diferença entre nós é que eu tenho a capacidade de editar.

10 anos de Marvel a fazer filmes e a desenvolver estas personagens. 10 anos depois do Nick Fury nos ter prometido que os Avengers se juntariam. E na verdade juntaram-se, mais os Guardians of the Galaxy, Doctor Strange e Wong, Spider-Man, todo o pessoal de Wakanda, Loki… E mais importante, o Thanos deixou de ser um cameo nas after credits scenes para passar a ser o big bad villain que estávamos à espera, e com ele vieram a Black Order. Tanta gente num filme com menos de 3 horas não poderia dar bom resultado.

Não quero com isto dizer que o filme está mau, porque não está. Para quem acompanhou o universo cinemático da Marvel, como eu, o filme era algo que esperávamos há bastante tempo, e para a quantidade de material que tinham para desenvolver, não está mau. Valeu a pena ir ver no grande ecrã, porque os efeitos especiais estão 10/10. Provavelmente uma das melhores partes do filme.

O meu problema com este filme foi, sobretudo, a quantidade de história que tinha potencial para estar melhor desenvolvida e não foi porque os nossos amigos nos queriam dar o Infinity War em toda a sua glória. Glória que foi fortemente abatida pelo facto deste filme ser, em grande parte, publicidade enganosa.

Não pode existir uma Infinity War quando não existe uma guerra. A Black Order foi extremamente desapontante em termos de história, com a exceção do Ebony Maw, que ainda deu luta, mas mais do que isso, com o Thanos na fotografia, eles foram completamente inúteis. O Thanos, como vilão, mais do que vendeu o filme na sua totalidade, juntando-se ao Loki e ao Killmonger como um dos melhores vilões que a Marvel já escreveu, mas com isso, tudo o resto perdeu o brilho. Tivemos sequências de ação brilhantes, um lado cómico que me deixou convencida que precisamos de um filme apenas do Thor, do Rocket e do Groot, mas tudo murchou em comparação com o Thanos. Todos os heróis tiveram o seu momento, todos os fãs tinham alguma coisa a que se agarrar, mas ninguém pode fugir do Thanos.

Fica uma menção honrosa não só ao Thor, Rocket e Groot, mas também ao duo Doctor Strange e Iron Man que eu não sabia que queria, mas absolutamente precisava, e ao Spider-Man que eu queria e precisava. O Tom Holland bem ganhou os corações daqueles céticos que não acreditavam no Spider-Man dele.

Bem que eu gostava agora de ver o Deadpool no aftermath deste filme, mas infelizmente a candidatura dele aos Avengers foi rejeitada. Restam-nos o Ant-Man e o Hawkeye, misteriosamente desaparecidos deste filme, mas nunca esquecidos. No futuro, outro duo que provavelmente irá merecer o meu apoio num filme a solo.

 

Ludovina Cardiga